" “Evangelho da prosperidade” não produz empreendedores de sucesso"



biblia dinheiroA crença no “Evangelho da Prosperidade” – a ideia, proposta por várias denominações religiosas de matriz cristã [neopentecostais], de que Deus abençoa financeiramente os seguidores fiéis – não transforma os crentes em empreendedores de sucesso. Embora as crenças de prosperidade possam de fato alimentar valores ligados ao pensamento empreendedor, como poder e realização, os pesquisadores não encontraram nenhuma relação direta entre as crenças na prosperidade e a disposição de assumir riscos, e pouca conexão com o reconhecimento de oportunidades. Assumir riscos e identificar oportunidades são traços típicos dos empreendedores.
“Conforme revelado em nossos resultados, a crença de que Deus proporcionará benefícios financeiros aos fiéis não é suficiente para levar alguém a iniciar um negócio”, disse o professor Kevin Dougherty, da Universidade Baylor (EUA). “A relação entre as crenças de prosperidade e iniciar um negócio é indireta e inconsistente.”
Os voluntários responderam a uma escala de três itens para medir suas crenças de que a fé e o comportamento fiel levariam ao sucesso no trabalho e nos negócios. Isso incluía responder se concordava pouco, medianamente ou muito em afirmações como: “Deus promete que aqueles que vivem sua fé receberão sucesso financeiro”; “Os crentes que têm sucesso nos negócios são uma evidência da bênção prometida por Deus”; e “Eu acredito que crentes fiéis em Deus recebem benefícios financeiros reais nesta vida.” […]
Embora as crenças de prosperidade por si só tenham mostrado pouco impacto direto no empreendedorismo dos crentes, elas influenciam o impacto de valores e atitudes relacionadas à criação de um negócio. Assim, as crenças de prosperidade podem fortalecer valores típicos dos empreendedores, como a autovalorização. Por outro lado, elas parecem reduzir a relação entre a abertura à mudança e a disposição para assumir riscos. […]
Nota: O tal “Evangelho da Prosperidade” não traz benefícios para ninguém, exceto para os que o pregam. Na verdade, distorce o real sentido do evangelho e transforma muitos cristãos em mercadejadores da fé. Geralmente esses pregadores torcem passagens da Bíblia para acomodá-las em sua visão mercantilista e apresentam Deus como uma espécie de gênio da lâmpada, quase obrigado a abençoar financeiramente aqueles que devolvem fielmente os dízimos e dão ofertas polpudas. Um dos verbos preferidos por eles é “determinar”. Eles vivem determinando que Deus faça isso ou aquilo. Trata-se de um péssimo testemunho aos não cristãos. Se analisarmos com atenção as histórias da Bíblia, veremos que a maioria dos seguidores de Cristo era pobre dos recursos deste mundo e todos eles não se importavam com acumulação de bens, muito pelo contrário, eram pródigos em doar e repartir. O falso Evangelho da Prosperidade é pernicioso, pois tira o foco das pessoas do verdadeiro tesouro e da herança porvir e as faz pensar mais nos tesouros passageiros deste mundo. Se a pessoa pode ou não ser abastada, isso é Deus quem sabe. Ao cristão de verdade cabe estar contente com os planos do Senhor e trabalhar honesta e diligentemente na área que escolheu ou à qual foi possível se dedicar. Que o nosso alvo seja sempre buscar em primeiro lugar o reino de Deus (Mateus 6:33). O restante do que precisamos Deus acrescenta – na medida certa para cada um. [MB]

https://michelsonborges.wordpress.com/2019/06/07/evangelho-da-prosperidade-nao-produz-empreendedores-de-sucesso/

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