A simbolização da completa ruína de Roma introduz a quarta vitória do
drama final. Esta vitória retrata a exultação ou regozijo dos santos
redimidos. A cena se abre com uma grande hoste celestial cantando
aleluias.
Apocalipse 19.1-2
1 - Depois destas coisas, ouvi no céu uma como
grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a
glória, e o poder são do nosso Deus,
2 - porquanto verdadeiros e justos são os seus
juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua
prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
É um cântico que atribui a Deus a libertação, a
glória e o poder, por causa dos seus retos juízos sobre a Roma iníqua e
perseguidora. Não é propriamente um cântico de alegria pelo mal que
sobreveio a Roma; é mais um cântico de regozijo pela vitória da retidão e
da verdade.
Por sobre as lamentações e o choro dos reis, mercadores e marinheiros
derrocados e por sobre o fragor dos muros que caem e das ruas devoradas
pelo incêndio, ouve-se o louvor dos santos, em grande regozijo, porque a
retidão triunfou sobre o mal.
A destruição aqui descrita, da queda de Roma, é
coisa notável. Mas não tão notável quanto fora a destruição operada por
nações, homens e mulheres ímpios, a quem se concedera agir livre e
desbragadamente na cena da crueldade, da degeneração e da perseguição ao
pobre povo de Deus. É agora a vitória da retidão que incentiva esse
maravilhoso coro de aleluias.
Apocalipse 19.3
3 - Segunda vez disseram: Aleluia! E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos.
O coro repete o aleluia, e João anota que a fumaça
de Roma destruída, que se eleva para todo o sempre, serve de estímulo
para uma segunda aleluia. Pinta-se a destruição de Roma não como uma
cidade cujos prédios caem por terra, devorados pelo incêndio, e cujos
escombros os sobreviventes podem depois remover.
Pinta-se sua destruição como eterna, como um
incêndio eterno. Há sempre combustível para se atirar ao incêndio, de
modo que o fumo se eleva sem cessar e para todo o sempre, não se podendo
reconstruí-la.
Com o segundo aleluia, surgem no cenário vinte e quatro anciãos e quatro
criaturas viventes (animais) que se juntam ao cântico de triunfo e
dizem — "Assim seja! Aleluia!"
Apocalipse 19.4
4 - Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres
viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado no trono,
dizendo: Amém! Aleluia!
Uma voz se ouviu, vinda do altar, que ordenou a
todos os servos de Deus que o louvassem. E, neste ponto, João ouviu os
remidos cantando, em enorme multidão, como a voz de muitas águas:
"Aleluia! porque o Senhor nosso Deus, o Todo-poderoso, reina!"
Apocalipse 19.5-10
5 - Saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores
ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os
grandes.
6 - Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão,
como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois
reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso.
7 - Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória,
porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se
ataviou,
8 - pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo,
resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça
dos santos.
9 - Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados
aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou:
São estas as verdadeiras palavras de Deus.
10 - Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo.
Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus
irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho
de Jesus é o espírito da profecia.
Cantam este hino nesta ocasião gloriosa, porque
acham que se aproximam as bodas do Cordeiro, pois já a sua esposa se
aprontou. A esposa é a Igreja, e ela se vestiu de linho fino, puro e
resplandecente, para essa ocasião.
O esposo é o Cordeiro, que preparou um lugar para
sua esposa. Agora é chegada a hora alegre de sua união. Mas parece que
os remidos se adiantaram um bocado... O tempo para a completa união
ainda não chegou.
O Cordeiro tem ainda uma batalha a travar, antes que
se remova toda a oposição à sua união. Um dos mensageiros ameniza esse
desapontamento, dizendo a João que escreva: "Bem-aventurados aqueles que
são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." Todos os remidos lá
estarão, mas ainda não chegou a hora.
O livro do Apocalipse não nos descreve a união do
Cordeiro com a Igreja. Até chegarmos lá, talvez no capítulo 21, muda-se o
cenário e novamente não se menciona essa união, ainda que haja a
perfeita união de Cristo com os remidos.
João faz assim muitas vezes. Ele não descreveu o soltar dos ventos da
vingança retribuidora (7:1); mudou logo para a cena das trombetas.
Preparou o caminho para os partos (persas) invadirem Roma (16: 12), mas
não falou mais nisso; passou para outra cena, e deixou que o terremoto e
uma gigantesca saraivada realizassem essa obra destruidora.
Em ambos os exemplos alcançou-se a finalidade. Assim também se dá aqui com o símbolo das bodas do Cordeiro.
Por certo que a visão é simbólica. Alguns a tomam literalmente e buscam
descobrir quando e onde se darão essas bodas, como e por que, e tudo
mais que se refira a este acontecimento.
Alguém ouviu dizer que se trata mesmo de um casamento, e que o apóstolo
Paulo é quem oficiará, porque ele muito contribuiu para que saia esse
casamento! Tudo isso é pura fantasia, e nada mais. A ocasião do
casamento nas terras orientais proporcionava grandes alegrias e festas.
Mas nos dias de João as cerimônias públicas de
casamento se tinham tornado tão corrompidas que os cristãos já não
podiam tomar parte nelas. Aqui está agora apresentado um casamento a
cujas cerimônias todos eles podiam assistir — pois eles (os cristãos)
seriam a esposa, quando chegasse o dia de sua união feliz e final com o
Cordeiro.
As bodas são um lindo símbolo da união de Cristo e
sua Igreja. Este era o motivo daquele cântico alegre e festivo dos
redimidos em triunfo.
O guerreiro vencedor: Cristo
O triunfo seguinte, desta série, é o de Cristo. Até
aqui foi ele apresentado como Leão, como Cordeiro, como Juiz, e agora é
ele o Guerreiro Vitorioso. Parece haver pouca discussão sobre se é
Cristo mesmo a pessoa aqui simbolizada.
Apocalipse 19.11-18
11 - Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
12 - Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça,
há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele
mesmo.
13 - Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus;
14 - e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro.
15 - Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela
ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e,
pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus
Todo-Poderoso.
16 - Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
17 - Então, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou
com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu:
Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus,
18 - para que comais carnes de reis, carnes de
comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros,
carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como
grandes.
Os cristãos que assistem ao espetáculo veem agora
levantar-se o pano de boca e surge diante deles um que está assentado
sobre um cavalo branco — símbolo de vitória. O nome do cavaleiro é "Fiel
e Verdadeiro", "A Palavra de Deus", e no seu vestido está escrito: "Rei
dos reis, e Senhor dos senhores".
Estes nomes identificam-no com o Cristo. No princípio do Livro do
Apocalipse, ele fora chamado "a testemunha fiel e verdadeira" (1:5; 3:7;
3:14). Um dos termos favoritos de João para identificar Cristo é "a
Palavra de Deus" — a expressão oral de Deus ao homem.
Identifica-se o Cordeiro no cap. 17, v. 14, com o "Rei dos reis",
"Senhor dos senhores". Além destes nomes, há outros sinais que o
identificam: "Os seus olhos eram como chama de fogo" (1:14). "Da sua
boca saía uma aguda espada" (1:16). "Ele regerá (as nações) com vara de
ferro" (12:5). "Ele executa a ameaça da ira de Deus" (14:20) "Ele traja
um vestido salpicado de sangue" (Isaías 63:3).
O Guerreiro vencedor não está só. Vem seguido de um exército celestial, e
todos os cavaleiros montam cavalos brancos e vestem linho branco e
puro. Tudo isto simboliza vitória. Não se diz se estavam armados ou não.
O Chefe deles marcha à frente, e sua arma é uma
espada aguda que lhe sai da boca. Com esta arma ele atacará os inimigos,
e os vencerá; e, daí, submetidos, ele os regerá com vara de ferro.
Identifica-se melhor a espada como "uma arma espiritual de poder
irresistível". Alguns acham que esta arma é a Bíblia, visto que dela se
fala como "a Espada do Espírito". Outros acham que é "o Juízo", achando
que se trata de um símbolo semelhante ao da foice, usado no capítulo
14.
Seja como for, é uma arma espiritual de poder irresistível. Com essa arma, ele ganha a batalha.
Anuncia-se a vitória, mesmo antes de iniciada a
batalha. Um anjo que estava no sol — de onde procede a luz que ilumina o
mundo em trevas — convidou as aves do céu para se ajuntarem numa grande
ceia, que Deus lhes preparara.
Era para virem comer a carne dos reis, dos capitães
militares, dos homens poderosos, de cavalos, de cavaleiros, de todos os
homens, livres e escravos, pequenos e grandes. A carnificina dos
inimigos de Deus seria muito grande. E a cena termina com as aves de
rapina afluindo em multidão ao campo de batalha.
A Vitória sobre a Primeira e a Segunda Bestas
A batalha durou pouco. A besta e seus aliados, os
reis da terra e o falso profeta não eram forças que resistissem ao
vitorioso Guerreiro e a sua aguda espada.
Assim, a besta e o falso profeta foram lançados vivos no "ardente lago
de fogo e de enxofre". E o resto foi morto pela espada que sai da boca
do Cristo vitorioso. A destruição foi completa. Foi-se a batalha, e
Cristo saiu vitorioso.
Apocalipse 19.11-21
19 - E vi a besta e os reis da terra, com os seus
exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado
no cavalo e contra o seu exército.
20 - Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso
profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que
receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois
foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre.
Como tem acontecido com várias outras partes do
Apocalipse, tem havido muita discussão sobre a correta interpretação
deste quadro. Os futuristas acham que é mesmo uma batalha no sentido
literal, que precederá o Reino de Deus. Seiss acha aqui quase tudo
literal, até mesmo os cavaleiros e os cavalos. (J. A. Seiss, The Apocalipse [Filadélfia, School of the Bible, 1865], XH, p. 250.)
Igualmente Ottman, falando das aves de rapina
convidadas para o grande banquete, entende que há aí referência a corvos
que se deliciarão com os cadáveres dos soldados mortos. (F. C. Ottman The Vnfoldmg of the Ages [N. York, Publication Office, "Our Hope", 1905], p. 421.)
Os adeptos desta escola acham que a besta é um
Anticristo pessoal que surgirá nos últimos dias e que terá mesmo um
exército de soldados, levado por ele até a Palestina para guerrear os
judeus; e que por algum tempo tomará conta da terra, sendo afinal
derrotado pelo Senhor e seu exército, daí, então, inaugurando-se o seu
reinado de mil anos.
Aqueles da escola da continuidade histórica, que entendem que a besta é a
Igreja Católica Romana, por coerência devem sentir-se, neste passo
bíblico, bem embaraçados para descobrir qual o poderio que esmagou
aquela força. Visto como a Igreja Romana ainda está de pé, dizem eles
que o Armagedom ainda virá. (Ver Barnes, Carrol Lord, in loco.)
A objeção de sempre, a este método de interpretação, é esta: Que
significação teriam estas ideias para os cristãos dos dias de João?!
Para interpretar o Apocalipse de modo certo, devemos sempre partir da
época e das circunstâncias imediatas, que rodeavam não só o escritor,
mas também os leitores — aqueles para cuja instrução, confirmação e
conforto ele escreveu.
Este é um livro aplicado e adaptado inteiramente à
época em que foi escrito. Armagedom não é o nome de algum lugar; é, sim,
uma palavra simbólica que indica uma batalha decisiva.
Retrata-se Cristo descendo do céu; mas aqui não se trata de sua segunda
vinda, assunto que vemos em tantas partes do Novo Testamento. A cena
representa simbolicamente sua vinda para ajudar os cristãos perseguidos,
dando-lhes assistência celestial em suas lutas espirituais.
Se, como temos feito nesta obra, se identifica a besta com o imperador,
visto personificar ele a Roma imperial, pagã e perseguidora, não
poderemos explicar doutra forma esta batalha. É uma representação vívida
e simbólica do triunfo final da Causa e do povo de Cristo sobre esse
império pagão.
A besta (Domiciano) e a segunda besta (o falso
profeta, a Concilia Romana, o sacerdócio da religião do Estado) são
lançadas vivas no ardente lago de fogo e enxofre. Isto simboliza a
destruição delas.
Cristo triunfou sobre elas, e elas já não molestarão
os cristãos. Este conflito aqui descrito é um conflito de natureza
espiritual. (D. Smith, J. Smith Pieters, Dana, Richardson, Allen, Beckwith, Milligan, Kiddle e Swete, in loco.)
A Vitória sobre os Aliados da Besta
É interessante notarmos que mesmo aqueles que
sustentam este ponto de vista discordam entre si quanto aos pormenores.
Por exemplo, os entendidos têm opiniões diversas sobre o significado
desta sentença — "e os restantes foram mortos com a espada do que estava
assentado sobre o cavalo, sim, com a espada que saía da boca dele".
Apocalipse 19.21
21 - Os restantes foram mortos com a espada que saía
da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se
fartaram das suas carnes.
Um grupo acha que isto significa a conversão dos
aliados de Roma quando viram Roma cair; neste caso, seriam contados como
baixas. (Pietera, J. Smith, in loco.) Assim, se converteriam, ou
sentiriam que não valia mais a pena prosseguir naquela política de
perseguição aos cristãos. Outros acham que isto indica o poder de Cristo
de julgar a todos — o poder que o Messias tem de castigar com a morte
os seus inimigos. (Milligan, Kiddle e Beckwith, in loco.)
Alguns (Dana, D. Smith, in loco.) não tomam posição no que respeita a estes pormenores do simbolismo, enquanto um outro intérprete (Swete, op. ctt., p. 259.) abertamente acha que aqui estão simbolizadas ambas as coisas.
Assim, sustenta que a espada aqui é aquela de que
nos fala o apóstolo Paulo em Efésios 6:17, e que podemos interpretar
como se referindo a duas operações do poder de Cristo — como punição, e
como esforço para restaurar todas as coisas; a Palavra mata, ao
pronunciar o juízo, como também leva à obediência da fé.
Mas, julga este exegeta, que talvez se tenha em vista aqui esta última
operação ou função da Palavra. Com evidência tão boa para ambas as
interpretações, vemos que este ponto de vista nos oferece uma boa
solução.
Alguns entendidos fazem fortes objeções a esse método de interpretar
simbolicamente esta batalha. E o fazem baseando-se no fato de a
linguagem aqui empregada ser assaz guerreira e de caráter mui severo,
para que se a interprete daquele modo. Todos os pormenores são rijos e
fortes: olhos como chama de fogo, espada aguda, vara de ferro, lagar do
vinho do furor, vestidos salpicados de sangue.
Tudo isto parece referir-se a uma guerra real e não
apenas a um juízo espiritual contra os homens. Mas não devemos esquecer
que esses mesmos termos de guerra os cristãos usam hoje ainda em seus
cânticos e hinos, como, por exemplo — "Avante, soldados de Cristo,
marchemos para a guerra" — "Camaradas, a divisa mostra-se nos céus" —
"Eis o estandarte tremulando à luz".
São estas frases nada mais que representações da luta espiritual, do
glorioso avanço do evangelho. São, na verdade, expressões vívidas,
fortes e realistas. Certo missionário cristão, duma feita, contou que a
polícia japonesa, ouvindo alguns cristãos coreanos cantar em suas
igrejas hinos com tais expressões, concluiu que eles estavam tramando
uma revolução. ( Pieters, op. cit., p. 288.)
Neste capítulo do Apocalipse, leva-se este simbolismo militar, mui
comum, até o extremo, com o intuito de se produzir a viva impressão
quanto à certeza da vitória para a causa da retidão sobre a besta, o
falso profeta e seus aliados. Isto queria dizer para os cristãos
livramento e cessação das perseguições.
A religião pagã e o governo ateísta de Roma estavam sentenciados à
destruição. E, uma vez esmagados, a causa de Deus, o povo de Deus, bem
como os seus propósitos marchariam vitoriosos, num crescendo
assustador.
Em pontos como este é que a escola de interpretação
histórico-filosófica alcança algum pé a seu favor. O veredicto dela,
então, seria este: "Aqui está simbolizada a completa vitória do Filho de
Deus sobre todas as hostes da injustiça, não apenas nos dias de João,
mas em todas as épocas da História Universal."
Isto é verdade, mas a ênfase aqui se dá primeiramente à vitória sobre a
religião falsa e pagã pela cristandade da Ásia Menor de cerca do ano 95
de nossa era. "
Por Ray Summers
https://www.semeandovida.org/2010/04/apocalipse-191-21-o-regozijo-dos-santos_29.html
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